A natureza certamente tem sua lista de animais peculiares, mas alguns chamam atenção por determinados detalhes. Um deles, por exemplo, é capaz de ficar menor, não maior, ao envelhecer. Mas como isso seria possível?
Ao estudar a evolução, é de conhecimento geral que, à medida que o tempo e, os seres fiquem cada vez maiores ao invés de diminuírem. Essa espécie, por sua vez, chama tanta atenção por fazer o contrário que é considerada paradoxal.
Para entender mais sobre o assunto, confira abaixo qual é o animal que, diferente dos outros, fica menor quando cresce, bem como a explicação para essa característica.
Conheça o animal que fica menor quando envelhece
Conhecido como sapo-encolhedor ou rã-paradoxal, o Pseudis paradoxa é do interesse de muitos estudiosos por esse detalhe tão especial: ele diminui de tamanho à medida que envelhece.
A espécie é comum em algumas áreas da América do Sul, incluindo o Brasil e Trinidade e Tobago. Ao contrário de seus parentes, ela é incapaz de crescer conforme o tempo a.
Normalmente, a rã-paradoxal está maior do que o normal em seu estágio de girino, ao medir aproximadamente cerca de 22 centímetros. Considerando sua fase adulta, a medida é cerca de três ou quatro vezes maiores que ela.
Quando chega na etapa plena de desenvolvimento, esse sapo em específico a da média de 22 centímetros para meros oito centímetros. Mas o que pode explicar isso?
A evolução da rã-paradoxal
De acordo com um estudo divulgado no The Herpetological Journal em 2009, essa espécie continua crescendo em seu primeiro ciclo de vida.
Nesse sentido, a taxa de tamanho da rã é a mesma de muitas outras espécies. Da mesma forma, ao ar de larva para adulto, os machos possuem esperma e são considerados maduros. Já as fêmeas possuem ovos em desenvolvimento.
Ao contrário da possibilidade do sapo possuir alguma irregularidade quanto ao seu crescimento, esse não é o caso. O Pseudis paradoxa tem um esqueleto bem desenvolvido em sua metamorfose.
Por outro lado, boa parte de seu tamanho vem da cauda longa que é comum na espécie. Sua perda, por sua vez, gera a alteração de tamanho chocante nos animais.
É desse detalhe da evolução que surge o nome de rã-paradoxal. Ao crescer, o girino perde a cauda e fica menor. Por tal motivo, a espécie contraria os princípios básicos e gerais que orientam os estudos de transformação de muitos bichos.
Mais sobre a espécie
Além desse curioso detalhe a respeito de seu desenvolvimento, o sapo ainda chama a atenção por outros fatores. Por exemplo, ele possui o recorde de maior larva em estágio inicial de vida.
Isso supera até mesmo outras espécies de sapo do gênero Pseudis, ao qual pertence, que mudam de tamanho conforme envelhecem.
Com sua evolução, a espécie perde padrões enigmáticos em seu formato que são observados em fase de girino. Tal fator não é um problema para a rã-paradoxal.
Existem ainda outras discussões a respeito dos custos e benefícios do crescimento contínuo em fase larval do animal. Isso envolve predadores em potencial e a disponibilidade de alimento para Pseudis adultos e larvais.
