Anualmente, várias despesas são reajustadas. Entre elas, está o aluguel que pode sofrer aumento de acordo com o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M). A variação na cobrança pode impactar de forma severa nas finanças do locatário. Caso o novo valor esteja mais alto do que você pode pagar, você pode renegociar o aluguel.
- Mega-Sena acumulada: saiba quanto rende prêmio de R$ 16 milhões na poupança
- Confira 8 cargos que já existiram no mundo e, hoje, estão extintos
Em entrevista ao jornal A Gazeta, o especialista em direito empresarial Victor os Costa afirmou que não existe uma legislação específica sobre o reajuste do aluguel. Sendo assim, é aconselhável que proprietário e inquilino entrem num consenso.
“Se houve aumento no valor da locação, é porque o mercado aqueceu e muitos proprietários são aposentados e investidores que têm no aluguel a sua fonte de renda. Com o reajuste, eles conseguem recuperar as perdas acumuladas. E o contrato de aluguel deve ser justo para as duas partes”, comentou.
Explicar a situação de forma transparente
Se o seu aluguel aumentou e vai pesar muito no seu bolso, primeiro, você deve tentar renegociar amigavelmente com o locador. Exponha a sua situação de forma clara e transparente, se preciso, conte sobre a dificuldade financeira. Dessa forma, você pode conseguir a empatia do dono do imóvel e pedir um desconto, mesmo que apenas por alguns meses.
Tenha bom senso na hora de negociar
O inquilino precisa ter atenção em alguns pontos quando for pedir o desconto ou redução no valor do aluguel. Propostas de quantias muito inferiores ao pedido pelo locador podem ser inegociáveis. Então, pense bem e calcule o quanto você consegue pagar.
Leve em consideração a situação do locador também, uma vez que ele pode depender desse dinheiro. É importante que as propostas não fiquem muito fora do preço de mercado. Por sua vez, o dono do imóvel deve analisar não só o seu ganho, mas o posicionamento do locatário ao longo do contrato.
Por exemplo, se ele paga as contas em dia e conserva bem o imóvel. Além disso, é preciso analisar as vantagens e desvantagens de reduzir a cobrança. Isso porque, no atual cenário de crise econômica, perder a renda do aluguel não é uma boa opção. Pode ser que demore meses para encontrar um novo inquilino.
Chegar num meio termo bom para ambos
Ao analisar proposta e contra proposta, locador e locatário devem chegar num meio-termo que agrade ambos. O ideal é fazer isso de forma pessoal e amigável sem precisar entrar na Justiça. Até porque isso poderia causar mais gastos desnecessários. Talvez seja interessante ser assessorado por um corretor ou imobiliária.
Esses vão trazer diferentes alternativas para sanar o problema do aumento do aluguel sem prejudicar ninguém. Sendo assim, a renegociação do aluguel pode contar com:
- Reajuste num valor inferior ao IGP-M;
- Manter o valor do aluguel por prazo determinado e depois imputar o aumento;
- Reduzir o valor cobrado por tempo determinado e realizar o pagamento retroativo nas parcelas seguintes.
São diversas opções que podem manter o capital girando sem pesar para nenhum dos lados.
Coloque todas as alterações num novo contrato
Ao reajustar o aluguel nas condições especiais, é ideal que tudo seja acordado em forma de um novo contrato ou em termo aditivo. Dessa forma, é possível definir todas as regras, evitar confusões futuras e ter os direitos assegurados por lei. Para isso, é interessante que haja um advogado para redigir o documento e cumprir as formalidades.
